quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O Preço da Graça



     Hoje eu estava pensando sobre a rotina da igreja de Jesus. Sabe, eu me deparei com alguns limites que são impostos por nós mesmos e depois ultrapassados como uma tentativa psicológica de se martirizar.
Tudo que não faz parte do nosso conjunto “gosto” é pecado, e em contra partida imediata, tudo que faz parte do conjunto “gosto” me é lícito. Entretanto lembrei-me do que nosso Irmão e Colaborador Paulo, disse a Timóteo, na segunda 4. 3 - “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos.” [1]
Vejo dois grandes extremos com relação ao nosso comportamento:

  1. Excesso de Regras visando a santificação – Num papo descontraído com um amigo meu, lembrávamos sobre como o conhecimento pode gerar poder, por exemplo quanto mais se sabe a respeito de uma determinada coisa, mais reconhecido se é. A própria Bíblia afirma isso com as palavras do Jesus “Vocês estão enganados porque não conhecem as Escrituras nem o poder de Deus!” [2] O conhecimento não permite o engano, e possibilita o domínio. Alguns homens, bem intencionados, eu prefiro acreditar assim, acrescentam regras, e formulas, e métodos, e etc. aos princípios estabelecidos nas Escrituras, com o objetivo de manter o poder sobre eles; quer seja para que não se percam, ou por seus próprios interesses.

  1. Banalização da Graça – para nós a Graça é de graça, mas ela teve um preço muito alto, para Deus, para Jesus, para o Espírito Santo e para o sistema religioso vigente. Muitas pessoas tem transformado a graça que custou tanto, em algo que não vale nada, eliminando princípios e valores bíblicos em troca de uma idéia de sacrifício vão. “Se não seguirmos a santificação nunca agradaremos a Deus, e jamais o veremos, se não tivermos fé de forma alguma deixaremos Deus feliz”. [3] Os atributos necessários para “salvação” são: graça (Pois vocês são salvos pela graça); fé (por meio da fé); e obras (Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta) [4] Sem levar em consideração a profundidade do termo “obras”, vamos nos basear como sendo ele: o conjunto de atitudes e comportamentos que fizeram parte da vida do Jesus. Se eu em algum momento e por algum motivo, faço algo que fuja do padrão que Cristo estabeleceu, eu estou banalizando a Graça de Deus.

Por fim, chegamos à porta da verdade, não dá pra viver bitolado, trancado em um conjunto de proibições que nos impeçam de conhecer e viver a vida, mas também não podemos desperdiçar a vida com coisas vãs, que desvalorizam aquilo que recebemos. Pelo simples fato de termos recebido a Vida Eterna, o maior presente que um ser humano, e conseqüentemente, mortal, poderia receber, devemos viver a vida com toda dinâmica necessária para ser feliz, sem nos esquecermos que temos algo além do que os demais. A Vida Eterna só pode ser plenamente desfrutada através de um exame de consciência constante, no qual a principal questão é: Será que eu estou disposto a pagar por esta atitude? Salomão disse: “Anda nos caminhos de teu coração e segundo os olhares de teus olhos, mas fica sabendo que de tudo isso Deus te fará prestar conta.” [5] Ninguém melhor que o Sábio Rei para dizer isto, após passar por uma vida de fartura, sempre teve a roupa que quis, a casa que quis, a mulher que quis e tudo quanto quis, ele se depara com uma verdade: “Você vai pagar por tudo isso” – O que você tem depositado no Grande banco de apostas que é a vida? “Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá.” [6]
     Você tem vivido um emaranhado de regras e não tem tido tempo e nem ânimo de viver? Lembre-se de que Jesus veio pregar a Libertação dos Cativos, não se prenda a ideologias baratas que te impedem de ser feliz. Você tem feito tudo que bem entende, sem se preocupar com as conseqüências que isto lhe trará? Lembre-se, "Tudo é permitido", mas nem tudo convém. "Tudo é permitido", mas nem tudo edifica. [7] A vida é pra ser vivida de maneira consciente e racional, sem se esquecer do que é certo ou errado. Aí vai uma dica, se o que você fez ou faz ou até mesmo vai fazer, precisa de desculpas ou justificativa, não é certo e não terá boas conseqüências; a melhor atitude a se tomar é sempre se questionar: “Em Meus Passos o Que Faria Jesus?” [8]

     Que a Paz de Cristo esteja com Você.



[1] II Timóteo 4: 3 - Versão Almeida revisada da Imprensa Bíblica.
[2] Mateus 22: 29 – Nova Versão Internacional, há uma comparação entre a Palavra e o Poder.
[3] Paráfrase de Hebreus 11:06 e 12: 14.
[4] Efésios 2: 8ª; Efésios 2: 8b; Tiago 2: 17 – Nova Versão Internacional.
[5] Eclesiastes 11: 9 – Versão Católica.
[6] Gálatas 6: 7 – Nova Versão Internacional.
[7] I Coríntios 10: 23 – Nova Versão Internacional.
[8] Referência ao Livro "Em Seus Passos o Que Faria Jesus" de Charles Sheldon.

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