Hoje eu estava pensando sobre a rotina da igreja de
Jesus. Sabe, eu me deparei com alguns limites que são impostos por nós mesmos e
depois ultrapassados como uma tentativa psicológica de se martirizar.
Tudo que não faz parte do nosso
conjunto “gosto” é pecado, e em contra partida imediata, tudo que faz parte do
conjunto “gosto” me é lícito. Entretanto lembrei-me do que nosso Irmão e
Colaborador Paulo, disse a Timóteo, na segunda 4. 3 - “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo
grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os
seus próprios desejos.” [1]
Vejo dois grandes extremos com
relação ao nosso comportamento:
- Excesso de Regras visando a santificação – Num papo descontraído com um amigo meu, lembrávamos sobre como o conhecimento pode gerar poder, por exemplo quanto mais se sabe a respeito de uma determinada coisa, mais reconhecido se é. A própria Bíblia afirma isso com as palavras do Jesus “Vocês estão enganados porque não conhecem as Escrituras nem o poder de Deus!” [2] O conhecimento não permite o engano, e possibilita o domínio. Alguns homens, bem intencionados, eu prefiro acreditar assim, acrescentam regras, e formulas, e métodos, e etc. aos princípios estabelecidos nas Escrituras, com o objetivo de manter o poder sobre eles; quer seja para que não se percam, ou por seus próprios interesses.
- Banalização da Graça – para nós a Graça é de graça, mas ela teve um preço muito alto, para Deus, para Jesus, para o Espírito Santo e para o sistema religioso vigente. Muitas pessoas tem transformado a graça que custou tanto, em algo que não vale nada, eliminando princípios e valores bíblicos em troca de uma idéia de sacrifício vão. “Se não seguirmos a santificação nunca agradaremos a Deus, e jamais o veremos, se não tivermos fé de forma alguma deixaremos Deus feliz”. [3] Os atributos necessários para “salvação” são: graça (Pois vocês são salvos pela graça); fé (por meio da fé); e obras (Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta) [4] Sem levar em consideração a profundidade do termo “obras”, vamos nos basear como sendo ele: o conjunto de atitudes e comportamentos que fizeram parte da vida do Jesus. Se eu em algum momento e por algum motivo, faço algo que fuja do padrão que Cristo estabeleceu, eu estou banalizando a Graça de Deus.
Por fim, chegamos à porta da
verdade, não dá pra viver bitolado, trancado em um conjunto de proibições que
nos impeçam de conhecer e viver a vida, mas também não podemos desperdiçar a
vida com coisas vãs, que desvalorizam aquilo que recebemos. Pelo simples fato de
termos recebido a Vida Eterna, o maior presente que um ser humano, e
conseqüentemente, mortal, poderia receber, devemos viver a vida com toda
dinâmica necessária para ser feliz, sem nos esquecermos que temos algo além do
que os demais. A Vida Eterna só pode ser plenamente desfrutada através de um
exame de consciência constante, no qual a principal questão é: Será que eu
estou disposto a pagar por esta atitude? Salomão disse: “Anda nos caminhos de teu coração e segundo os olhares de teus olhos,
mas fica sabendo que de tudo isso Deus te fará prestar conta.” [5]
Ninguém melhor que o Sábio Rei para dizer isto, após passar por uma vida de
fartura, sempre teve a roupa que quis, a casa que quis, a mulher que quis e
tudo quanto quis, ele se depara com uma verdade: “Você vai pagar por tudo isso”
– O que você tem depositado no Grande banco de apostas que é a vida? “Não se deixem enganar: de Deus não se
zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá.” [6]
Você tem vivido um emaranhado de regras e
não tem tido tempo e nem ânimo de viver? Lembre-se de que Jesus veio pregar a
Libertação dos Cativos, não se prenda a ideologias baratas que te impedem de
ser feliz. Você tem feito tudo que bem entende, sem se preocupar com as
conseqüências que isto lhe trará? Lembre-se, "Tudo é permitido", mas nem tudo convém. "Tudo é
permitido", mas nem tudo edifica. [7]
A vida é pra ser vivida de maneira consciente e racional, sem se esquecer do
que é certo ou errado. Aí vai uma dica, se o que você fez ou faz ou até mesmo
vai fazer, precisa de desculpas ou justificativa, não é certo e não terá boas
conseqüências; a melhor atitude a se tomar é sempre se questionar: “Em Meus
Passos o Que Faria Jesus?” [8]
Que a Paz de Cristo esteja com Você.
[1] II
Timóteo 4: 3 - Versão Almeida revisada da Imprensa Bíblica.
[2] Mateus
22: 29 – Nova Versão Internacional, há uma comparação entre a Palavra e o Poder.
[3]
Paráfrase de Hebreus 11:06 e 12: 14.
[4] Efésios
2: 8ª; Efésios 2: 8b; Tiago 2: 17 – Nova Versão Internacional.
[5]
Eclesiastes 11: 9 – Versão Católica.
[6] Gálatas
6: 7 – Nova Versão Internacional.
[7] I
Coríntios 10: 23 – Nova Versão Internacional.
[8]
Referência ao Livro "Em Seus Passos o Que Faria Jesus" de Charles
Sheldon.
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